segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Segunda que devia ser Domingo

Com o tempo perdi o sentido da palavra amor. Hoje sou um corpo. Despido pelos corpos que se cobrem pelo meu. Nada em mim é fresco. Sou o abutre que se sacia com o corpo do outro. Qualquer. Já não desespero pela espera tardia. Não lavo os dentes antes de deitar. Não acordo com a leveza dos quinze anos. Sou um velho castigado pelo adormecimento. Nada em mim e fresco. As tardes são passadas ao sol que tarda em chegar. Gostava de correr kilometros para te encontrar, de acordar de madrugada com o teu sorriso, de voar para os teus ombros, de partir os braços com o aperto do desejo, de cair aos joelhos da minha sombra fresca.

2 comentários:

Mazdak disse...

Calma,isto com o tempo vai lá, não sei para onde, mas vai...

1 abraço, camarada. hasta...

p.s: almoço domingo, não esqueçer!

baja disse...

Amori que não acorde com a leveza dos 15 anos isso compreende-se!!

Agora q não lave os dentinhos antes da deita isso é q é mais complicado!!

Atão o q lhe deu?...um mecinho tã jeitoso!