É muito gratificante para um actor escolher um texto para representar. Numa altura em que acredito em muito pouco, ou quase nada, (para ser sincero) sou um privilegiado em poder fazer, um espectáculo com textos do Pacheco, fui eu que os escolhi, agrupei, arranjei, destruí. Entrevistei o Luiz Pacheco durante 6 horas inesquecíveis, saborosas, reconfortantes, vitalícias, para esclarecer dúvidas sobre os textos que tinha seleccionado.
A opção de fazer um espectáculo ético, prende-se com a desilusão, amargura, solidão e raiva com que hoje encaro a minha, nossa vida. Pretendo com este espectáculo pensar-me, pensar-vos, mas sem grande esperança: a esperança é a primeira a morrer.
Não tenho muito mais para vos dizer, mas gostava de vos dar um conselho: se ainda não entraram na sala, vão para casa. Se já entraram é tarde de mais “amigos”.
António Revez
Beja – candidato CDU
Há 3 dias
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