sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Se eu fosse vereador

Se eu fosse vereador…

Se eu fosse vereador da cultura na Câmara Municipal de Beja, uma das primeiras medidas que tomava, era a substituição do actual director/ programador do Pax Júlia Teatro Municipal, José Filipe Murteira.

O referido programador, acumula esta função com a de Director de Departamento da cultura da C.M.B., atendendo à dimensão e à actividade cultural e artística no concelho, estas duas funções tornam-se incompatíveis.

Como escrevi há cerca de 2 anos numa crónica do diário do Alentejo, esta cidade/ concelho encontra-se numa altura de grandes decisões estratégicas: apostar seriamente na criação artística, fazendo desta uma mais valia cultural e económica para o concelho, ou continuar a privilegiar a programação. Não defendo o proteccionismo dos nossos criadores, mas que devia haver uma aposta clara e inequívoca na criação artística local.

No nosso concelho, sem que se perceba muito bem porquê, têm surgido vários criadores individuais e colectivos, nas mais variadas áreas, conseguindo um reconhecimento a nível nacional bastante considerável. Sem prejuízo de outros, salientava o trabalho de Paulo Ribeiro, António Zambujo, Adiafa, Lendias d’ Encantar, Jorge Serafim, Virgem Suta, Ho-Chi-Min entre muitos outros.

No entanto o Pax Julia – Teatro Municipal, na pessoa do seu director, nada tem feito para projectar o trabalho desenvolvido por estes artistas, ao invés, mantém uma relação de permanente conflitualidade. Este facto deve-se, às características pessoais do director e derivam também da pouca sensibilidade do mesmo.

Assim, se eu fosse vereador do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Beja, dava este sinal importante aos criadores do nosso concelho, substituía o actual programador, por um criador que fizesse uma verdadeira direcção artística daquela importante sala de espectáculos.