terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Terça que cheira a domingo

Hoje acordei tarde como nos domingos, comprei o jornal como nos domingos, bebi dois cafés como nos domingos, acendi a salamandra como nos domingos. E andei as de carro porque o dia estava bonito e não gosto de andar a pé. Passei pelo Pax Julia e vi que a divulgação da programação ainda estava em Novembro (estamos a 8 de Dezembro).
Depois desci a rua e fiquei triste com os actos de falta de cidadania dos habitantes de Beja, encontrei dois contentores repletos de lixo (mas o pior era o lixo que estava fora dos contentores).
Choca-me o descuido (para não usar uma expressão bem mais condizente com a situação ) das pessoas, mas igualmente me incomoda a falta cuidado da Camara Municipal de Beja na recolha do lixo, assim dificilmente chegará a bandeira verde.
agora casa que a tarde esta a esfriar

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quinta feira que devia ser Domingo

O dia esta cinzento. Eu estou cinzento. O trabalho que estou a fazer é cinzento (relatórios).
Resta-me esperar pela hora de jantar para me deliciar com uma tagine de peixe e vou tentar ter um bom tento a acompanhar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Estreia Hoje

Estreia hoje a ultima performance do "Ciclo um Actor um Musico", falta aqui referir que apesar do nome estes espectáculos tem uma intervenção artística bastante importante, o desenhador de luz, que tem feito milagres, Ivan Castro.
Hoje contamos com o Ivan a actriz Ana Ademar e o Musico João Paulo Courinha.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Eleições nas Lendias d' Encantar

Amanhã é dia eleições nas Lendias d' Encantar. Depois das Autárquicas agora é a vez das Lendias.
Tres ilustres piolhos fazem parte da lista para a direcção, Nuno Matos, Paulo Ribeiro e Ana Ademar. Com Piolhos desta dimensão humana e artística, tenho a certeza que o futuro das lendias só pode ser promissor. (ao fim de dez anos esta na altura de largar este filho, as lendias)
Eu vou votar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Inicio dos ensaios

Ai, ai, ai, ai

Esta fase é terrivelmente dolorosa. Não sabemos para onde levar o espectáculo. Não sabemos como conseguir dizer e mostrar o que queremos, não sabemos nada.
Mas o gozo e o desafio é esse.
Apesar das dores, este é a fase mais gira do processo

Sensação Nova

hoje tive uma sensação nova.
Estava a fazer um comentário num post de um blogue e dei por mim a querer apagar o que tinha escrito. De facto ao longo dos últimos anos foi assim que aconteceu, escrevia e depois a auto censura levava-me a apagar o que escrevia. Isto derivava, das funções que desempenhava até há pouco tempo, presidente da direcção de uma Associação. Hoje aconteceu o contrario, permiti-me a levar o comentário até ao fim.
De facto nesta pequena cidade as coisas confundem-se, as opiniões pessoais, tomam-se pelas opiniões de quem dirige as entidades, provocando ruído.
Finalmente, agora que já não tenho a responsabilidade de garantir os ordenados de 7 pessoas, posso dizer e escrever o que me dá na real gana.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Não deixo de estar viciado no Jorge Palma

Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer
Anda ver que lindo presente
A aurora trouxe para te prendar
Uma coroa de brilhantes para iluminar
O teu cabelo revolto como o mar

Acorda, menina linda
Anda brincar
Que o Sol está lá fora à espera de te ouvir cantar
Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

Porque terras de sonho andaste
Que Mundo te recebeu
Que monstro te meteu medo
Que anjo te protegeu
Quem foi o menino que o teu coração prendeu ?

Acorda, menina linda
Anda brincar
Que o Sol está lá fora à espera de te ouvir cantar
Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

Anda a ver o gato vadio
À caça do pássaro cantor
Vem respirar o perfume
Das amendoeiras em flor
Salta da cama
Anda viver, meu amor

Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As vezes tenho tantas certezas.
Nunca percebi muito bem porque sou comunista.
Mas tambem nunca percebi porque me sinto só e apenas comunista.
Estive na festa do avante deste ano, ja havia dois anos que não ia.
Levei a minha filha leonor, não foi a primeira vez dela, ja tinha ido com quatro meses. Mas desta vez foi diferente, acampamos e estivemos não os tres mas dois dias.
As emoções pelas quais passei este ano foram muito semelhantes as que vivi em 89 quando fui pela primeira vez, talvez por viver a festa com a minha filha, talvez assistir a concertos com ela, talvez por chorar no comício de encerramento com ela nas costas. talvez por dançar a carvalhesa com ela, talvez.
Nunca percebi porque sou comunista.
Mas também nunca percebi porque me sinto tão bem numa festa com milhares de pessoas que sorriem por tudo, por as tratarmos por tu, por as ajudarmos, por nos ajudarem, porque as pisamos, porque nos pisam, por tudo.
O gozo que tive quando a minha filha me tratava por camarada pai, e eu a tratava por camarada filha. e escrevo e choro. Nunca percebi porque sou comunista. mas também nunca percebi porque choro tanto.
Naquela festa o mundo muda, para mim muda.
Não esqueço, mas muda.Este ano fiquei triste, não almocei com o casal de grandola, mas vi os netos e sei os avós ainda estão vivos, qua um está doente e por isso não cumpriu o ritual do almoço de domingo.
Nunca percebi porque sou comunista.
talvez porque naqueles dias da festa, vejo mulheres homens crianças velhos menos crianças e menos jovens, que partilham um sonho, um sorriso, uma lagrima.
Este ano não me abraçei ao paulo a chorar, mas havia um casal de moços novos a minha frente que perceberam as minhas lagrimas e abraçaram-se os dois a chorar, foi bonito.
Mas bonito foi o abraço da minha filha quase como uma mãe que acaricia um filho.
acho que ainda não percebi porque sou comunista, talvez a minha filha me explique um dia mais tarde.

sábado, 4 de julho de 2009

jorge palma

Eu fui um lobo malvado,
entrei na casa da avózinha
Instalei-me na caminha
contigo a meu lado
Depois mostrei-te a cozinha,
fiz-te passar um mau bocado
Com medo de ficar sózinho
quis fazer de ti o meu capuchinho

Ainda não manejei nenhuma arma
que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
à mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
és bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado,
não precisa de pintura

És bem vinda, amor,
se ainda te apetecer
tal aventura

Cheguei com falinhas mansas,
quis mostrar-te quem não era
Armei-me em herói de quimera,
todo brilhante
Mais tarde soltei a fera
Mostrei-te o meu corno penetrante
Com ele espetei contigo na rua
Mas antes fiz questão de te deixar nua

Ainda não manejei nenhuma arma
que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
à mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
és bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado,
não precisa de pintura

És bem vinda, amor,
se ainda te apetecer
tal aventura