sábado, 4 de julho de 2009

jorge palma

Eu fui um lobo malvado,
entrei na casa da avózinha
Instalei-me na caminha
contigo a meu lado
Depois mostrei-te a cozinha,
fiz-te passar um mau bocado
Com medo de ficar sózinho
quis fazer de ti o meu capuchinho

Ainda não manejei nenhuma arma
que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
à mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
és bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado,
não precisa de pintura

És bem vinda, amor,
se ainda te apetecer
tal aventura

Cheguei com falinhas mansas,
quis mostrar-te quem não era
Armei-me em herói de quimera,
todo brilhante
Mais tarde soltei a fera
Mostrei-te o meu corno penetrante
Com ele espetei contigo na rua
Mas antes fiz questão de te deixar nua

Ainda não manejei nenhuma arma
que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
à mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
és bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado,
não precisa de pintura

És bem vinda, amor,
se ainda te apetecer
tal aventura

3 comentários:

Revez disse...

pois é anónimo é nas ... que esta o segredo da coisa, ou talvez não

Anónimo disse...

e não há mais nada a dizer?

Anónimo disse...

A escrever (sempre) e a actuar:)

Depois de Variações... encontrar Palma... hum...!

Cumprimentos d'encantar*